17 de janeiro de 2010

Plano de Pormenor da Rede Aprovado

Assembleia Municipal (AM) de Mesão Frio aprovou, no passado dia 27 de Dezembro, o propalado Plano de Pormenor da Rede (PPd’R). Com 18 votos a favor e duas abstenções, os deputados da AM deram assim o último passo que faltava para a sua publicação final em Diário da República.

O PPd’R é um importante instrumento de trabalho e nasce com o interesse do empresário Mário Ferreira em construir no lugar da Rede um empreendimento de luxo e um campo de golfe, tendo este projecto sido classificado como Projecto de Interesse Nacional (PIN), pela Agência Portuguesa para o Investimento, estimando-se que seja um investimento na ordem dos 33 milhões de euros.
(...)“É hora de chutar a bola para a frente”, rematou o presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, referindo-se ao Plano de Pormenor da Rede. De salientar, que com a aprovação deste PP, os promotores do Douro Marina Hotel têm assim via aberta para iniciar o empreendimento.
A Câmara Municipal de Mesão Frio apresentou ainda à AM uma adenda a este PPd’R, também ela aprovada com dezoito votos a favor e duas abstenções. Esta adenda surge de forma a que a Câmara Municipal de Mesão Frio se defenda de obrigações futuras quer nos acessos ao empreendimento, quer a zona fluvial da Rede, imperativo que surge pelas dificuldades de tesouraria e finanças da autarquia."

Depois de tanta tinta ter feito correr e de tanta polémica ter gerado, a aprovação do Plano de Pormenor da Rede representa um novo e grande desafio para o concelho de Mesão Frio e prova que quando há boas ideias, valer a pena lutar por elas. A implementação do Douro Marina Hotel representará uma nova janela de oportunidade, pois potenciará o desenvolvimento da actividade turística, captará a atracção de mais visitantes, e sobretudo representará uma verdadeira e fiável solução para um dos principais problemas do concelho...o desemprego.

8 de janeiro de 2010

IC 26 - Realidade, Ilusão ou Ficção

Terminada a longa e penosa jornada de campanhas políticas que preencheram uma imensa parte do ano de 2009, voltam a insurgir-se velhas discussões e polémicas que à muito fazem parte das promessas políticas dos nossos governantes locais (de várias concelhos durienses) e até mesmo nacionais...refiro-me claro está, ao IC 26.

Após reuniões com vários autarcas locais, começa a surgir mais uma nuvem de "fumo branco" para esta via prometida à mais de quinze ano à nossa região. Mas tendo em conta a proposta apresentada, será que está é a melhor opção para servir as populações locais? Segundo fontes governamentais, o IC 26 dividir-se-á em dois lanços, o primeiro entre Amarante e Mesão Frio, utilizando o actual corredor da Estrada Nacional 101, e um segundo que ligará Mesão Frio ao Peso da Régua, ficando o acesso a Mesão Frio situado logo após a travessia do rio Teixeira, nas imediações de Carrapatelo. As mesmas fontes salientaram ainda que o lanço da Estrada Nacional 108 entre Mesão Frio e Peso da Régua também será alvo de intervenção, de forma a transformar este lanço numa espécie de via rápida.
Tendo em linha de conta estas afirmações, fará mesmo sentido avançar para a construção do IC 26? Eu penso que não! A construção do IC 26 só faz sentido se a solução passar pela construção de um traçado completamente novo, para diminuir realmete a sinuosidade do traçado, para que este se tornasse realmente aplativo à sua utilização. Mas isto fará com que este itinerario passe bastabante afastado do centro da vila de Mesão Frio, o que não trará qualquer vantagem. Na minha opinião a solução que seria mais útlil e que melhor serviria as populações locais, passaria pela total reconversão e adaptação das estradas N 101 e N108 nos lanços compreendidos entre Amarante - Mesão Frio e Mesão Frio - Peso da Régua, respectivamente. Esta deveria passar pela melhoria das condições de circulação, nomeadamente a supreção de várias curvas, alargamento da via, e duplicação das faixas de rodagem onde tal fosse necessário, principalmente em locais com subidas prolongadas. Numa altura em que tanto se fala que contenção de custos, esta solução seria certamente mais barata, ao mesmo tempo que serviria melhor as necessidades das populações locais, principalmente daquelas se encontram mais afastadas dos pontos de acesso previstos para o traçado do IC 26, para além de que provocaria muito menores impactos  paisagísticos. Esta solução sim, seria uma solução útil para trazer pessoas para a região, principalmente para o concelho de Mesão Frio, pois a meu ver, a solução apresentada pelo governo só irá contribuir desviar os possíveis visitantes do nosso concelho.